Nadia Fink e Pitu Saá

“A coleção de livros Antiprincesas nasceu na Argentina em abril de 2015, mas viemos pensando há muito tempo, porque víamos que as meninas só tinham como referencias as princesas da Disney, e pensamos que seria bom dar a elas uma alternativa mais real, que pudesse faze-las sentir-se mais livres e independentes. Nos demos conta que os meninos também são afetados por essa imagem de príncipe azul e salvador, que não corresponde com uma realidade onde as mulheres possam estudar e trabalhar para chegar a ser alguém por conta própria. Assim surgiram também os Anti-heróis, que são heróis também, porque fazem coisas que perduram no tempo, porque enfrentam milhares de situações para sair (palavrinha), mas também pensamos que não só são homems que lutaram e ganharam todas as batalhas, como as vezes se pretende que sejam os heróis, mas sim que também se pode sobresair diante do espcetro masculino fazendo outras coisas.

As Antiprincesas e os Anti-heróis vieram para mostrar que sempre existiram mulheres livres, independentes e grandes artistas latino americanas. Recuperam a cultura popular e coletiva, resgatam heroínas esquecidas das guerras de independência e propõem novas masculinidades.

PORQUÊ ANTIPRINCESAS?

As Antiprincesas surgiram com muita força, em um momento onde as mulheres saíam às ruas para gritar que basta de violência, que é um fenômeno cada vez mais forte e massivo. E nos demos conta que os relatos clássico de cavalheiros e princesas, que seguem muito presentes apesar de que vão se modernizando, também geravam violências, porque reafirmavam o mandato da mulher no seu lugar, cujo único fim respeitável é o de serem mães e donas de casa. Mas isso entra em conflito com a realidade, que é muito distinta, e assim se geram as violências.

QUEM SÃO ESTAS MULHERES?

Assim começou a busca de personagens reais, latinoamericanos que de alguma maneira mudaram as regras do jogo que queriam impor-lhes, que tiveram que lutar muito para cumprir seus sonhos em uma sociedade onde tentam suprimir os desejos das mulheres e das crianças. Por isso decidimos começar com Frida Kahlo, VIoleta Parra e Juana Azurduy, que nos parecem as referências mais importantes dessas mulheres reais que seguiram seus desejos, suas ideais, e se inspiraram em romper mandatos de todos os ambitos, não só na cultura, mas tamvém no amor e na família, que são os mais difíceis.Assim começou a busca de personagens reais, latinoamericanos que de alguma maneira mudaram as regras do jogo que queriam impor-lhes, que tiveram que lutar muito para cumprir seus sonhos em uma sociedade onde tentam suprimir os desejos das mulheres e das crianças. Por isso decidimos começar com Frida Kahlo, VIoleta Parra e Juana Azurduy, que nos parecem as referências mais importantes dessas mulheres reais que seguiram seus desejos, suas ideais, e se inspiraram em romper mandatos de todos os ambitos, não só na cultura, mas também no amor e na família, que são os mais difíceis.

Uma princesa, pensando nos estereótipos, é uma mulher que construiu sua vida em função do desejo de outros, de um rei e uma rainha, que inclusive são sua própria família, e as vezes de um príncipe ou do rei de outro povoado que a quer para seu filho. Também é uma mulher que foi obrigada construir-se a partir de uma beleza externa, e a desenvolver-se muito pouco em seus próprios desejos. É uma mulher que espera, que em geral tem que ser resgatada para viver uma vida um pouco mais plena, mas uma vida plena que em geral tem a ver com o desejo de sua família: casar-se com um príncipe, continuar o mandato familiar que é ser uma rainha no futuro. Por isso as Antiprincesas, que são mulheres reais da história, que conseguiram atravessar os limites estabelecidos pela sociedade, sempre foram mulheres rebeldes que não se encaixaram na contemporaneidade que viveram, e são mulheres que foram buscar o seu destino, que não esperaram ser resgatadas, que se desenvolveram nas mais diversas áreas, há pintoras, escritoras, cantoras, poetas, há de tudo, e isso demonstra as múltiplas possibilidades que as mulheres podem ser. Por outro lado também, a bondade está muito associada as princesas, e não acreditamos na bondade como uma virtude, porque muitas vezes não basta ser boazinhas, diante de situações que não concordamos, temos que por limites e esso também é uma virtude.

Frida Kahlo

Frida Kahlo é nossa primeira antiprincesa: uma mulher que mostrou o corpo embora fosse manca, que pintou em uma tela os momentos mais tristes e mais felizes de sua vida, que, apesar de todos os seus sofrimentos físicos, procurou a arte, a alegria e lutou pelo bem do mundo não só para ela, mas também para muitas outras pessoas.

ISBN: 978-989-671-360-7 Editor: Tinta da China Páginas: 28

Violeta Parra

Uma caminhante que foi procurar canções nos lugares mais distantes do Chile para que não se perdessem com o passar dos anos. Embarcamos, como em uma máquina do tempo, para viver a aventura de ouvir histórias de avôs e avós, e conhecer a vida de uma artista que sentiu seu povo muito perto do coração.

ISBN: 978-989-671-361-4 Editor: Tinta da China Páginas: 28

Clarice Lispector

Clarice Lispector, uma antiescritora popular do brasil, que rompeu as regras literárias e abandonou uma vida de princesa para voltar a sua terra. Escrevia contos, novelas e crônicas enquantos seus filhos brincavam ao seu redor, tinha um cachorro louco que comia cigarros.


ISBN:  978-989-671-363-8  Editor: Tinta da China Páginas: 28

Juana Azurduy

Juana Azurduy percebeu como era difícil e injusta a vida na Bolívia, à época um país ocupado, e a terceira antiprincesa desta colecção para crianças não conseguiu ficar parada. Vestiu uma saia branca e um casaco vermelho, pegou numa espada, e enfrentou a cavalo as lutas pela libertação da América do Sul. Com os filhos nos braços e outras amazonas ao seu lado, tornou‑se guerreira muito antes de o exército sequer aceitar mulheres.


ISBN:  978-989-671-362-1 Editor: Tinta da China Páginas: 28

Boas leituras!


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